Dr. Fábio Cordeiro – Cardiologia Clínica – São Lourenço – MG

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma das condições mais comuns e silenciosas que afetam a saúde da população mundial. Estima-se que cerca de 1,3 bilhão de pessoas no mundo vivam com essa condição, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, os números também impressionam: cerca de 30% da população adulta é hipertensa, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Embora muitas vezes seja assintomática, a hipertensão é uma das principais causas de complicações graves, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Felizmente, com diagnóstico precoce e controle adequado, é possível evitar esses desfechos e garantir uma vida saudável e longa.

Sobre o autor

Meu objetivo como médico cardiologista é oferecer cuidados individualizados e baseados nas melhores evidências científicas. Acredito que a aliança entre ciência e sensibilidade é a chave para proporcionar um tratamento eficaz e humanizado.

Além disso, tenho grande entusiasmo em contribuir para a formação de futuros médicos e cardiologistas. Busco incentivar uma visão que integre conhecimento técnico e cuidado humano ao serviço da saúde cardiovascular.

Experiência profissional:

  1. Residência Médica em Medicina Interna – RQE 57753
  2. Residência Médica em Cardiologia – RQE 57754
  3. Membro do Departamento de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Itajubá – MG
  4. Professor adjunto de Cardiologia e Medicina Interna – FMIT/MG
  5. Preceptor do Programa de Residência Médica em Cardiologia – HCI/MG
  6. Médico do ambulatório de Insuficiência Cardíaca Avançada e Transplante Cardíaco – HCI/MG

Dr. Fábio Cordeiro

Cardiologista

Acredito firmemente que compromisso, empatia e atualização constante são o caminho para oferecer o melhor tratamento médico possível.

O Que é a Hipertensão Arterial?

A hipertensão é caracterizada por níveis persistentemente elevados de pressão arterial. A pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. Ela é medida em dois números:

  1. Pressão sistólica: Representa a força do sangue quando o coração se contrai e bombeia sangue para o corpo.
  2. Pressão diastólica: Indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso entre os batimentos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14 por 9) em diversas medições são considerados indicativos de hipertensão. Porém, a Sociedade Europeia de Cardiologia, em sua Diretriz de 2024, afirma que valores superiores a 120/70 mmHg (12 por 7) já estão elevados.

Tipos de Hipertensão

  1. Hipertensão primária (ou essencial): Representa cerca de 90% dos casos e não possui uma causa única identificável. Está frequentemente associada a fatores como idade, genética e estilo de vida.
  2. Hipertensão secundária: Resulta de condições específicas, como doenças renais, apneia do sono, uso de medicamentos ou distúrbios hormonais.

Por Que a Hipertensão é Perigosa?

A pressão alta sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos, provocando danos que podem se acumular ao longo do tempo. Sem tratamento, a hipertensão pode levar a complicações como:

  1. Infarto do miocárdio: Aumento do risco de bloqueio das artérias coronárias.
  2. Acidente vascular cerebral (AVC): Pressão elevada pode causar rompimento ou bloqueio de vasos cerebrais.
  3. Insuficiência renal: Danos aos rins devido à alta pressão nos vasos sanguíneos que os irrigam.
  4. Doença arterial periférica: Diminuição da circulação sanguínea nas extremidades.
  5. Retinopatia hipertensiva: Danos aos vasos sanguíneos dos olhos, que podem levar à perda da visão.

A hipertensão é conhecida como “assassina silenciosa” porque muitas vezes não apresenta sintomas evidentes, mesmo quando já está causando danos aos órgãos. Isso reforça a importância do acompanhamento médico regular.

Fatores de Risco para a Hipertensão

Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. Alguns são modificáveis, enquanto outros dependem de predisposição genética. Os principais incluem:

  1. Idade: O risco aumenta com o envelhecimento.
  2. Histórico familiar: Ter parentes hipertensos eleva a probabilidade de desenvolver a condição.
  3. Sobrepeso e obesidade: O excesso de peso aumenta a resistência dos vasos ao fluxo de sangue.
  4. Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o aumento da pressão arterial.
  5. Consumo excessivo de sal: Dietas ricas em sódio estão fortemente associadas à hipertensão.
  6. Tabagismo e álcool: Ambos podem elevar temporariamente a pressão arterial e causar danos aos vasos.
  7. Estresse crônico: Aumenta a liberação de hormônios que elevam a pressão arterial.
  8. Apneia do sono: Interrupções repetidas na respiração durante o sono podem levar ao aumento da pressão.

Diagnóstico da Hipertensão

O diagnóstico da hipertensão é feito por meio de medições regulares da pressão arterial, que devem ser realizadas em ambiente tranquilo e com o paciente em repouso. Uma única aferição elevada não é suficiente para fechar o diagnóstico; é necessário confirmar os valores elevados com exames e em diferentes ocasiões.

Exames Complementares

Além da medição da pressão, o cardiologista pode solicitar exames adicionais para avaliar o impacto da hipertensão no organismo e investigar possíveis causas secundárias. Esses exames incluem:

  1. Eletrocardiograma (ECG): Avalia o ritmo cardíaco e sinais de sobrecarga no coração.
  2. Ecocardiograma: Verifica alterações estruturais no coração.
  3. Exames de sangue: Avaliam colesterol, glicemia e função renal.
  4. Mapeamento ambulatorial da pressão arterial (MAPA): Monitora a pressão ao longo de 24 horas.
  5. Exame do sono (polissonografia): para diagnóstico de apneia do sono, uma causa secundária de elevação da pressão.

Tratamento da Hipertensão

O tratamento da hipertensão envolve mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos. O objetivo é reduzir a pressão arterial para níveis seguros e minimizar o risco de complicações.

Mudanças no Estilo de Vida

  1. Adote uma alimentação saudável: A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é rica em frutas, legumes, grãos integrais e pobre em sódio.
  2. Pratique exercícios físicos regularmente: Atividades aeróbicas como caminhada, corrida ou natação ajudam a controlar a pressão arterial e o colesterol.
  3. Reduza o consumo de sal: Limite o uso de alimentos industrializados e adicione menos sal às refeições.
  4. Perca peso: O controle do peso corporal reduz a sobrecarga nos vasos sanguíneos.
  5. Gerencie o estresse: O lazer também é importante e técnicas de relaxamento podem ser úteis.
  6. Evite tabaco e álcool: Reduzir ou eliminar esses hábitos traz benefícios significativos.

Medicamentos Anti-hipertensivos

Em casos onde as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o cardiologista pode prescrever medicamentos. Existem diferentes classes de medicamentos, como:

  1. Diuréticos
  2. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA)
  3. Bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA)
  4. Bloqueadores dos canais de cálcio
  5. Beta-bloqueadores

Cada caso é avaliado individualmente, e o tratamento é ajustado conforme necessário.

Prevenção: O Melhor Caminho

Prevenir a hipertensão é sempre a melhor estratégia. Muitas vezes, pequenas mudanças no dia a dia podem trazer grandes benefícios para a saúde cardiovascular.

Dicas de Prevenção

  1. Mantenha uma dieta equilibrada, rica em vegetais e sem muito sódio.
  2. Realize exercícios físicos habitualmente.
  3. Controle seu peso corporal.
  4. Evite altas taxas de colesterol.
  5. Evite cigarro e bebidas alcoólicas em excesso.
  6. Consulte regularmente um cardiologista para acompanhar sua saúde.

Leitura sugerida: CNN – Pressão “12×8” passa a ser considerada alta

A hipertensão é silenciosa, mas é uma das principais causas de morte no mundo. Se você deseja fazer sua consulta de prevenção ou de acompanhamento, estamos à disposição!

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Cuidar da pressão é cuidar da vida.

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