Dr. Fábio Cordeiro – Cardiologia Clínica – São Lourenço – MG

Dr. Fábio Cordeiro

Cardiologista

Sobre o Autor
Dr. Fábio é cardiologista com sólida formação científica e ampla experiência no atendimento a pacientes com doenças cardiovasculares. Com atuação clínica e acadêmica, sua abordagem une o rigor da medicina baseada em evidências com um atendimento humanizado e acessível.

A dor no peito é um dos sintomas mais preocupantes na área da saúde e pode estar associada a diversas condições, sendo o infarto agudo do miocárdio (IAM) uma das mais graves. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 400 mil infartos ocorrem por ano no Brasil, e, infelizmente, muitos deles levam a óbito devido ao atraso no atendimento.

Reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda médica imediatamente é crucial para salvar vidas. Este artigo explica tudo o que você precisa saber sobre o infarto, suas causas, sintomas e como prevenir essa condição que pode ser fatal.

O Que é o Infarto?

O infarto ocorre quando há bloqueio do fluxo sanguíneo em uma das artérias coronárias, que são responsáveis por levar oxigênio ao músculo do coração. Sem oxigênio, as células do coração começam a morrer, causando danos permanentes se não houver intervenção rápida.

Esse bloqueio geralmente é causado pelo acúmulo de placas de gordura, conhecidas como aterosclerose, que podem se romper e formar coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo.

Tipos de Infarto

Apesar do nome genérico, os infartos não são iguais. Depende do grau de oclusão do vaso sanguíneo e do tipo de artéria acometida. Quando ocorre uma oclusão coronariana aguda completa, chamamos de “OCA” e, no eletrocardiograma (ECG) ela se manifesta na maioria das vezes com uma elevação de um segmento chamado “ST”.

  1. Infarto com supradesnivelamento do segmento ST (OCA): Oclusão completa da artéria.
  2. Infarto sem supradesnivelamento do segmento ST (NOCA): Oclusão parcial da artéria.

Dor no Peito: Nem Sempre é Infarto

A dor no peito é um sintoma comum de diversas condições, nem todas relacionadas ao coração. Embora seja importante não ignorá-la, também é necessário entender que pode haver outras causas, como:

  1. Refluxo gastroesofágico: Queimação causada pelo retorno do ácido do estômago.
  2. Ansiedade: Pode causar uma sensação de aperto no peito.
  3. Problemas musculoesqueléticos: Dor devido a lesões ou inflamações.
  4. Embolia pulmonar: Bloqueio em uma artéria do pulmão.
  5. Pneumonia ou pleurite: Inflamação nos pulmões que causa dor ao respirar.

Porém, a dor cardíaca tem características específicas que a tornam mais preocupante.

Como Reconhecer os Sintomas de um Infarto?

O infarto pode se manifestar de várias maneiras. O sintoma clássico é a dor ou desconforto no peito, mas outros sinais também podem ocorrer.

Sintomas Clássicos

  1. Dor no peito: Sensação de aperto, peso ou queimação que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou pescoço.
  2. Falta de ar: Sensação de cansaço extremo ou dificuldade para respirar.
  3. Náuseas e vômitos: Mais comuns em mulheres.
  4. Tontura ou desmaio: Pode indicar queda na pressão arterial.
  5. Sudorese intensa: Suor frio associado à dor ou desconforto.

Atenção: mulheres e idosos podem apresentar sintomas atípicos

As mulheres podem apresentar sintomas diferentes, como dor abdominal, fadiga extrema ou sensação de indigestão, o que muitas vezes retarda o diagnóstico. Idosos por vezes podem ser oligossintomáticos (apresentam poucos sintomas) ou assintomáticos (sintomas praticamente imperceptíveis).

Fatores de Risco para o Infarto

O infarto é multifatorial, ou seja, pode ser causado por diversos fatores que, combinados, aumentam o risco de um evento cardiovascular.

Fatores Não Modificáveis

  1. Idade: O risco aumenta com o envelhecimento.
  2. Sexo: Homens têm maior risco na fase adulta; o risco em mulheres aumenta após a menopausa.
  3. Histórico familiar: Parentes com doenças cardíacas precoces elevam as chances.

Fatores Modificáveis

  1. Hipertensão arterial: A pressão alta danifica as artérias e facilita o acúmulo de placas.
  2. Colesterol elevado: Aumenta o risco de formação de placas.
  3. Diabetes mellitus: Prejudica os vasos sanguíneos e eleva o risco cardiovascular.
  4. Tabagismo: O cigarro promove inflamação e formação de coágulos.
  5. Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o sobrepeso e o descontrole metabólico.
  6. Obesidade: Está relacionada a outros fatores, como hipertensão e diabetes.
  7. Estresse: Pode desencadear eventos cardíacos devido ao aumento de hormônios como adrenalina.

O Que Fazer em Caso de Dor no Peito?

Se você ou alguém próximo sentir dor no peito com as características descritas previamente, é fundamental agir rapidamente. No caso de um infarto, cada minuto é crucial para salvar o músculo cardíaco e evitar complicações graves.

Passos a Seguir

  1. Pare tudo o que está fazendo e sente-se ou deite-se.
  2. Peça ajuda.
  3. Chame uma ambulância (SAMU – 192) imediatamente.
  4. Não espere os sintomas passarem. Mesmo que a dor diminua, o risco ainda existe.
  5. Evite esforço físico ou dirigir. Espere a equipe de emergência.

O Que a Emergência Médica Fará?

No atendimento inicial, o paciente será monitorado, receberá oxigênio (se necessário) e realizará exames como eletrocardiograma e enzimas cardíacas para confirmar o diagnóstico.

Diagnóstico do Infarto

O diagnóstico é baseado na avaliação clínica e em exames complementares. Os principais incluem:

  1. Eletrocardiograma (ECG): Detecta alterações elétricas no coração.
  2. Exames de sangue: Avaliam enzimas cardíacas, como a troponina, que indica lesão do músculo cardíaco.
  3. Ecocardiograma: Verifica o impacto do infarto na função do coração.
  4. Cineangiocoronariografia (“cateterismo”): Exame que visualiza as artérias do coração para identificar bloqueios.

Tratamento do Infarto

O tratamento do infarto tem como objetivo restaurar o fluxo sanguíneo e minimizar os danos ao coração. Ele pode incluir:

Intervenções de Emergência

  1. Angioplastia com stent: Procedimento que desobstrui a artéria e mantém o fluxo sanguíneo.
  2. Fibrinólise: Uso de medicamentos para dissolver coágulos.
  3. Cirurgia de revascularização (bypass): Indicado em casos mais graves.

Tratamento a Longo Prazo

Após o infarto, é essencial adotar medidas para prevenir novos eventos:

  1. Uso de medicamentos como estatinas, aspirina, beta-bloqueadores e inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina).
  2. Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta e exercícios físicos.
  3. Acompanhamento médico regular.

Prevenção: Sua Melhor Aliada

Prevenir o infarto é sempre melhor do que tratá-lo. Com mudanças simples e consistentes, é possível reduzir significativamente os riscos.

Dicas para Prevenção

  1. Adote uma alimentação saudável, reduzindo o consumo de gordura saturada e sódio.
  2. Pratique atividades físicas regularmente.
  3. Evite o tabagismo e limite o consumo de álcool.
  4. Controle o estresse com práticas de relaxamento.
  5. Realize check-ups regulares com seu cardiologista.

Sobre Mim

Minha missão é proporcionar cuidados individualizados e baseados nas melhores evidências científicas, ajudando meus pacientes a prevenirem e tratarem condições cardíacas como o infarto. Se você busca um acompanhamento especializado e humano, estou à disposição.

Por Que Escolher Meu Consultório?

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