Dr. Fábio Cordeiro
Cardiologista
Sobre o Autor
Dr. Fábio é cardiologista com sólida formação científica e ampla experiência no atendimento a pacientes com doenças cardiovasculares. Com atuação clínica e acadêmica, sua abordagem une o rigor da medicina baseada em evidências com um atendimento humanizado e acessível.
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum no mundo, afetando milhões de pessoas. Trata-se de um problema no ritmo do coração que pode aumentar significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e outras complicações graves.
No Brasil, estima-se que a fibrilação atrial atinja cerca de 2 milhões de pessoas, e sua incidência cresce com a idade. Globalmente, mais de 37 milhões de indivíduos convivem com essa condição. Apesar de ser comum, muitos pacientes desconhecem seus riscos e não recebem o tratamento adequado.
A boa notícia é que a fibrilação atrial pode ser diagnosticada e tratada precocemente, reduzindo complicações e garantindo mais qualidade de vida. Neste artigo, você entenderá como essa arritmia afeta o coração, quais são seus sintomas, fatores de risco e como um cardiologista pode ajudar na prevenção e no tratamento.

O Que é Fibrilação Atrial?
A fibrilação atrial ocorre quando os átrios (as câmaras superiores do coração) batem de maneira rápida e irregular, em vez de contrair de forma sincronizada. Isso leva a uma frequência cardíaca desorganizada, que pode ser mais acelerada do que o normal.
Como resultado, o coração não bombeia o sangue de maneira eficiente, o que pode enfraquecer o coração a longo prazo. Além disso, o bombeamento inadequado do sangue nos átrios pode provocar a formação de coágulos. Esses coágulos podem se deslocar para o cérebro, aumentando o risco de AVC isquêmico.
Tipos de Fibrilação Atrial
A fibrilação atrial pode se manifestar de diferentes formas:
- FA Paroxística – Episódios que aparecem e desaparecem espontaneamente.
- FA Persistente – Ritmo irregular que dura mais de 7 dias e requer tratamento para ser revertido.
- FA Permanente – A arritmia se torna contínua e não responde mais ao tratamento para restaurar o ritmo normal, mas ainda há possibilidade de tratamento controlando a frequência cardíaca.
Cada tipo de FA tem suas particularidades, mas todas precisam de acompanhamento médico para evitar complicações.

Sintomas da Fibrilação Atrial
A fibrilação atrial pode ser silenciosa e passar despercebida por anos. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:
- Palpitações (sensação de batimentos rápidos e irregulares no peito).
- Falta de ar mesmo em repouso ou durante atividades leves.
- Fadiga e cansaço excessivo sem explicação.
- Tontura ou sensação de fraqueza repentina.
- Desmaios ocasionais.
- Dor no peito (em alguns casos, podendo ser sinal de algo mais grave).
Se você sente um ou mais desses sintomas, é fundamental procurar um cardiologista para avaliação.
Fatores de Risco para Fibrilação Atrial
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da fibrilação atrial. Alguns são modificáveis, ou seja, podem ser controlados com hábitos saudáveis, enquanto outros não podem ser evitados.
Principais fatores de risco:
- Idade – O risco aumenta após os 60 anos.
- Hipertensão arterial – A pressão alta sobrecarrega o coração.
- Doenças cardíacas prévias – Como infarto, insuficiência cardíaca e valvulopatias.
- Diabetes – Está associado a um maior risco de desenvolver FA.
- Obesidade – Aumenta a inflamação no organismo e favorece a arritmia.
- Consumo excessivo de álcool – Pode desencadear episódios de FA.
- Apneia do sono – Interrupções na respiração durante o sono afetam o coração.
- Histórico familiar – Pessoas com parentes de primeiro grau com FA têm maior predisposição.
Ter um ou mais desses fatores não significa que você terá fibrilação atrial, mas aumenta as chances de desenvolvê-la. A prevenção é sempre o melhor caminho!

Complicações da Fibrilação Atrial
A fibrilação atrial não controlada pode causar problemas graves à saúde. As principais complicações incluem:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC) – O risco de AVC em pacientes com FA é até 5 vezes maior do que na população geral.
- Insuficiência Cardíaca – O coração pode se tornar fraco devido à sobrecarga.
- Tromboembolismo – Coágulos podem se formar no coração e viajar para órgãos vitais.
- Deterioração da Qualidade de Vida – O paciente sente-se mais cansado e limitado para atividades diárias.
A boa notícia é que com tratamento adequado, esses riscos podem ser reduzidos significativamente.

Diagnóstico da Fibrilação Atrial
A fibrilação atrial pode ser diagnosticada de forma simples através do Eletrocardiograma (ECG) ou da monitorização pelo sistema Holter, quando há suspeita de que a arritmia esteja oculta.
Além do ECG e do Holter, há mais exames que podem ajudar a fornecer mais informações para o tratamento adequado da fibrilação atrial, como:
- Ecocardiograma – Avalia as estruturas do coração e possíveis causas da FA.
- MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) – Importante para avaliação ampla da pressão arterial.
- Exame do sono – Pode detectar a apneia do sono, condição que pode contribuir com o surgimento e perpetuação da arritmia.
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e iniciar o tratamento adequado.
Tratamento da Fibrilação Atrial
O tratamento da fibrilação atrial tem como objetivo controlar o ritmo do coração, evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para isso, pode ser necessário o uso de medicamentos que ajudam a restaurar o ritmo normal do coração, como os antiarrítmicos. Além disso, em alguns casos, são indicados betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio, que atuam no controle da frequência cardíaca.
Outro aspecto essencial do tratamento é a anticoagulação, especialmente para pacientes com maior risco de acidente vascular cerebral (AVC). Nesses casos, podem ser prescritos medicamentos anticoagulantes, como rivaroxabana, apixabana ou varfarina, para reduzir a formação de coágulos sanguíneos.
Em situações específicas, procedimentos mais avançados podem ser indicados, como a ablação por cateter, um procedimento minimamente invasivo que elimina os focos responsáveis pela arritmia.
A fibrilação atrial é a arritmia mais comum de todas. Se você deseja fazer sua consulta de prevenção ou de acompanhamento, estamos à disposição.
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